3° Congresso Brasileiro de Iconografia Musical

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Informação Cultural

A mistura de crenças e lendas, sabores e cheiros, cores e naturezas, é resultado da comunhão entre índios, europeus e africanos. Esta mistura incomum, mas requintada, foi incorporada à cidade e pode ser vista durante todo o ano em suas manifestações culturais. Capoeira, candomblé, o maculelê e o Carnaval são algumas destas manifestações populares. Indo da arquitetura centenária à sua diversidade rítmica, em Salvador, tudo é único. Aqui incluimos algumas informações e dicas úteis.

Sobre a cultura baiana

Terra dos orixás, patuás (amuletos) e babalorixás (líderes espirituais do candomblé); terra do culto de todos os santos, a Bahia é também a terra de todos os mitos e ritos. As diferentes expressões folclóricas exibem a riqueza do imaginário popular. Samba de roda, puxadas de mastro, capoeira, terno de Reis, bumba-meu-boi, afoxé e muitos outros adicionam cor, energia e mostram a fé inabalável do povo da Bahia, Salvador e todo o interior. Um mosaico de festas e celebrações das crenças de origem africana, indígena e portuguesa, com o toque singular da Bahia ..
Jorge Amado disse certa vez que "Na Bahia, a cultura popular toca os olhos, os ouvidos e a boca (por sua culinária rica e deliciosa), que toca todos os sentidos e inspira as criações artísticas e literárias. Apesar de ser popular, está presente em cada expressão artística, independentemente da sua natureza intelectual ".

Candomblé

Sabendo do poder que as religiões podem ter de produzir convulsões, os Senhores portuguêses proibiam os escravos negros de professar sua religião de origem. A fim de contornar a proibição, os escravos disfarçaram seus deuses como santos católicos, e os adoraram. Os santos são chamados de orixás.
Os lugares santos dos escravos, o equivalente a igrejas católicas, são chamados de terreiros. Apesar dos esforços dos portugueses, os orixás e terreiros da Bahia permaneceram, lado a lado com o catolicismo.
No Brasil, apenas alguns dos mais de duzentos orixás africanos são cultuados. Os orixás têm suas raízes nos ancestrais dos clãs africanos, endeusados em torno de cinco mil anos atrás. Acredita-se que têm o poder de controlar as forças da Natureza.

Culinária baianaSalvador tem sua própria culinária. Entre a longa lista de pratos nativos, você verá baianas de acarajé, geralmente toda vestida de branco (cor de Iansã, deusa do vento), mesas espalhadas da apimentada e exótica versão baiana do fast-food.
- O acarajé é um bolinho frito feito de farinha de feijão (feijão fradinho). Uma variante do acarajé é o abará. Ao invés de ser frito é cozido em uma folha de bananeira.
Dica: Nem todas as baianas são igualmente cozinheiras consciêntes. Algumas são ruins e os seus clientes sofrem. Portanto, se você não sabe, é uma boa idéia ir para onde os nativos baianos estão fazendo fila.
- Moqueca e bobó são essencialmente o mesmo, exceto que bobó é engrossado com a adição de purê de aipim (mandioca). A base de sabor destes dois pratos é semelhante ao dos ingredientes em acarajés, incluindo o óleo de dendê e onipresente leite de coco.

Artistas da Bahia Bahia é o berço de muitos artistas, escritores e músicos importantes. Entre as personalidades de relevo musical nascidas no Estado estão Dorival Caymmi, João Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso e sua irmã Maria Bethânia. Grupos famosos internacionalmente conhecidos como "blocos-afros" incluem Olodum e Ilê Aiyê.

Durante o século 18 e 19, muitos compositores e estudiosos importantes surgiram na Bahia. Entre os mais relevantes estão Caetano de Mello de Jesus, Theodoro Cyro de Souza, Damião Barbosa de Araújo, José Joaquim de Souza Negrão e Domingos da Rocha Mussurunga. Durante o Romantismo brasileiro o poeta e dramaturgo baiano Castro Alves, escreveu seu famoso poema abolicionista Navio Negreiro, que é considerado uma obra-prima e uma texto fulcral anti-escravidão. Outros notáveis escritores baianos incluem Gregório de Matos (século 17) e Pe. Antonio Vieira, que contribuíram para a expansão do idioma Português em todo o território brasileiro.
Nosso escritor de ficção mais importantes do século 20, Jorge Amado, nasceu na cidade de Itabuna. Sua produção inclui Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tieta. Escritos baianos mais recentes incluem João Ubaldo Ribeiro.

Nas artes visuais, entre muitas outras figuras de renome o artista multigênero conhecido como Carybé (1911-1997), bem como Mário Cravo e Tati Moreno.

Instrumentos musicais Entre os diferentes instrumentos musicais utilizados na Bahia, listamos:
- Berimbau: Originariamente trazido para o Brasil em 1500 pelos escravos bantos da África e utilizado para acompanhar a famosa dança chamada Capoeira (espécie de arte marcial onde dois lutadores são treinados enquanto berimbau, pandeiro e agogô tocam). O Berimbau foi também um meio de comunicação usado pelos escravos para evitar serem entendidos por seus patrões e é considerado um instrumento sagrado.
- Pau elétrico: Criada como um híbrido entre um cavaquinho electrificado - e um bandolim, utilizando o calibre de cordas e escala curta do primeiro e a afinação (Sol-Ré-Lá-Mi), do último. Inicialmente previsto para 'Pau Cavaquinho Elétrico' ou 'Elétrico', que veio a ser chamado de Guitarra Baiana no final de 1970. O instrumento está intimamente ligado ao carnaval brasileiro, onde é amplamente utilizado, especialmente no Carnaval da Bahia em Salvador.

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